sábado, 3 de outubro de 2015

VOCÊ ESTÁ INDO BEM? (REFLEXÕES SOBRE FEEDBACK)

Avaliação e feedback deveriam andar juntos. Mas, não, nem sempre eles caminham lado a lado na prática docente. Bom, mas e daí? Quais as consequências podemos esperar quando o feedback não acompanha o processo de avaliação?

Conhecer os tipos de avaliação, e aprender a aplicá-las não é das tarefas mais fáceis, concorda?! Este vídeo mostra algumas experiências e pensamentos nesta área:


Gostaria de lembrar que, na nossa riquíssima língua pátria, há diferentes significados para a palavra feedback. Responder, fazer uma ação devolutiva, ressaltar aspectos positivos e negativos, realimentar são alguns dos significados para feedback. Qualquer que seja a definição, ela estará ligada ao processo de ação e reação, lembra das Leis de Newton? 

E na vida acontece  mais ou menos assim: se não houver uma resposta, a ação inicial pode ser interrompida, ou cair em qualidade, ou até mesmo deixar de existir. Então, ao avaliar um aluno e não dar a ele um feedback , devo esperar, necessariamente, uma reação. Que pode até ser boa, quando o aluno obteve sucesso na avaliação; porém, até que ponto um bom resultado representa motivação suficiente para sustentar todo o processo de aprendizagem?


Richard Williams, autor do livro "Preciso saber se estou indo bem!", diz que o feedback é uma valiosa ferramenta de comunicação. E que a falta dele ou seu mal uso pode ter consequências devastadoras. Nós, humanos, precisamos - desde o momento do nosso nascimento - de atenção, incentivo, confiança e direcionamento. E tudo isto vem através do feedback que recebemos das outras pessoas e, na maturidade, também da própria vida.

Penso que o feedback está inserido dentro do domínio afetivo. Embora possamos estar avaliando o desempenho nos campos cognitivo ou psicomotor do aluno, é nas competências socioemocionais que o feedback será verdadeiramente percebido e processado pelo aluno. Afinal, motivação, inspiração, força e vontade para aprender é que fazem com que nos tornemos protagonistas do nosso aprendizado. Por esta razão precisamos, ao desempenharmos a função docente, aprender a dar e receber feedback.

Quanto às consequências, Williams nos dá esta rápida introdução sobre os quatro tipos de feedback e diz que aquele que escolhermos determinará a resposta que obteremos:



Na minha prática em sala de aula, tenho procurado trabalhar com feedback contínuo (já que a avaliação é feita de forma contínua..). Aprendi e aperfeiçoei um método para o feedback final, realizado quando terminamos um módulo. Agendo no cronograma todo um período de aula  e o "Dia do Feedback de Final do Módulo" está estruturado em 4 passos:


Certamente você concordará comigo que a pior coisa que pode acontecer, em qualquer que seja o tipo de relacionamento, é a ausência de resposta das pessoas à nossa volta com relação àquilo que fazemos. Quando somos ignorados, não há como sermos proativos, e nem mesmo a maior das motivações resiste à indiferença.

E você, como está indo com relação a dar e receber feedback?

Até nosso próximo encontro!




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